quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A pátria despedaçada

               Quando usamos as palavras para expressar indignidade temos que levar em conta tudo que possa soar inverossímel. A mulher, por exemplo, quando gera transforma o alimento em ossos, sangue, nervos, massa encefálica e outros atributos próprios dos seres vivos. Nenhum bonde anda sozinho, engrenagens que façam o milagre acionam a inteligência do processo. Mas, a terra que pariu tudo, que faz brotar todas as ascendências e descendências, desenha caminhos, fabrica os insumos e ainda avisa a firma dos termos do contrato. A grande barriga começa a grande aventura de criar se recriando, tomando como modelo o espelho que mostra o que deve ser feito. Mas...o mergulho nas essências a faz adoecer... perde os desvios, tromba e, na flacidez da derrota, cria o som morto. As sombras que matam, perseguem e destroem estão agindo e confundindo tudo. As químicas que geram dividendos e distorções. A enxurrada de mal me queres, de ventos amargos insensíveis cobrem cada fibra do que ainda não nasceu mas nascerá com alma errática e sonâmbula, se nada que a contate com o todo que imaginamos poder olhar. 

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