domingo, 30 de janeiro de 2022

Pandemia ou revolução do mundo?

               Sofrer angustias, padecer na loucura do desconhecido, ou mesmo se conformar com a situação num marasmo de corpo e mente, não saindo da zona de conforto, sofrendo no silencio das desinformações orquestradas pela mídia. O costume de enxergar o corpo como depositário de malefícios, retira de cada um de nós o protagonismo necessário para termos consciência e lucidez de análise. Poe que não nos perguntamos as verdadeiras razões das mudanças de paradigmas? onde reside o "fulcro" das impossibilidades, daquilo que vivíamos, o normal que virou bagunça?  Vivemos o sofrimento com a cruz que as religiões nos impõe. Não pensamos, não refletimos sobre comportamentos de uma sociedade predatória, que consome o mercado com o frenesi de uma (um) dançarina afogueada com o entusiasmo do momento. Olhar para o solo que implora um pouco de compaixão, para o ar com volutas de poeira toxica, para as prateleiras dos supermercados com produtos que enchem mas não alimentam; dos remédios que mantém as disfunções, dos venenos físicos, mentais, emocionais que zeram saúde e capacidade de perceber de onde vem o tiro. Mudança de qualidade de vida? Mas eu vivo bem, uso os melhores produtos químicos para o asseio de casa; o teor propagandístico dos conteúdos comerciais são apelos que penetram nas células cerebrais e nos transforma, TCHAM.. em robôs... com disposição para seguir o que seu moço mandar. Plantar verduras, legumes, leguminosas, no quintal, nas avenidas, nos terrenos baldios; comer frutas ao invés de bebe-la. Olhar os alimentos como fonte de prazer de saúde requer delicadeza e sensibilidade. Refazer caminhos, traçando novos roteiros é ter compreendido os desastres e saber que nada é como parece; e que olhar longo e prescrutador nasce da sabedoria e premência de revoluções, não de remendos.