quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Misturas energéticas e Antibióticas

          Plantas e alimentos que fortalecem todos os sistemas, acabam com inflamações, mal estares    e outros incômodos, são conhecidos mas pouquíssimos usados. Aqui vou listar algumas misturas    ótimas para equilibrar e, conforme o caso, curar sintomas desagradáveis e dolorosos. A solução é sempre  usar o bom senso e descobrir o que é melhor para o corpo. Se empanturrar de remédios nunca é a melhor saída.
          Maçã = 1, com a casca e cortada em 4
          cebola = 1 pequena, sem casca e cortada em 4
          Melaço = uma colher de sopa
          Limão = suco de um pequeno
          Água = um copo  e meio
          COMO FAZER: Colocar os ingredientes ( exceto o suco de limao ) em uma panela e, quando começar a ferver, abaixar o fogo e contar 7 minutos. Desligar, esperar amornar, bater no liquidificador. Quando colocar no copo, acrescente o suco de limão. Beba tudo na hora. Deixar para depois, o líquido oxida, fcando inviável para o consumo. EFEITO: é antiinflamatório potente, regulador das funções intestinais e tonificante do Sistema Renal.
          MISTURA DEPURATIVA E ENERGÉTICA: Sumo de cenoura =2 dedos; sumo de batata doce = dois dedos; sumo de beterraba = dois dedos; leite de aveia = i xícara ou copo;
          COMO FAZER: tirar os sumos na centrífuga ou, na ausência desta, ralar na parte fina do  ralo e espremer em um pano ( no caso da beterraba e cenoura nem precisa. Mas da batata doce é necessário ); misturar os tres sumos com o leite de aveia (deixar de molho à noite toda, 2 colheres de aveia em uma xícara ou copo de água. Pela manhã bata no liquidificador a mistura. Coe), e tomar na hora. 
          MISTURA PARA MENOPAUSA: Sumo de pepino  (meia xícara), com leite de aveia (uma xícara). Misturar os dois e ingerir na hora. Tanto o pepino como    a   aveia    possuem      um      alto índice de hormônios femininos. Todas as misturas, é bom ingeri-las 2 vezes na    semana,    durante 4 semanas. Mas i de cada vez.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O que é saúde

          Dinâmica em perpétua modificação, que se altera ou transforma de forma pouco perceptiva, parte do determinismo que a natureza impõe - atritos de movimentos espontâneos - que o tempo ( a própria dinâmica ) relativiza frente aos ciclos constantes de ser ou não ser, estar, ddesaparecer, modificar...   
           É ação e reação. Elaboração de forças sutís sofisticadíssimas. Mas como interferir nesse esquema prazer-dor-alegria-tristeza-fome-saciedade-tumulto-paz,     ou seja,   com   a vida,      esse      processo profundamente complexo?
          A ampla divulgação das variadas maneiras de manter  a saúde, atordoa e confunde: coma (isso não   aquilo), ande (marcha lenta ou corrida), tome remédios (esse, aquele, aqueloutro). Mas, de uma maneira mais racional, podemos recolher informações específicas e daí construir como afagar nossa saúde.
          Um bom começo é perceber como o corpo está funcionando: o intestino funciona bem? porque ir ao sanitário todos os dias não garante que ele se livrou dos resíduos acumulados  ( a maioria das pessoas consegue dejetar somente 1/4 do que come).
          Sabemos que devemos ingerir fibras, mas será que sabemos a melhor maneira de ingeri-las?
          VEJAMOS: o organismo quer ser alimentado de forma correta, obtendo um ganho energético  que o faça funcionar sem empecilhos. Comer a fruta é muitíssimo melhor que tomar o suco ( quando transformamos a fruta em suco, são perdidos 85% de seus nutrientes); ao invés de ingerirmos vitaminas encapsuladas, porque não comemos os alimentos vivos? O mingau de milho fica    muito mais saboroso e saudável quando preparado  com milho verde e não a farinha já preparada.
          Apóz os 60 anos o corpo absorve menos cálcio. E o que fazemos?  Ingerimos alimentos repletos desse mineral^Infelizmente não. Lançamos mão de uma solução amplamente recomendada pela medicina e laboratórios farmacêuticos: suplementos. Mas,   o    organismo   não    metaboliza     os nutrientes sintéticos,e o suplemento de cálcio impede o organismo de absorver o ferro.,    ou   seja , a cadeia de prejuizos trás consigo uma série de desequilíbrios que chamamos doenças.
          O que fazer? Comer, comer... principalmente alimentos frescos, e, no caso, cheios de cálcio e vitamina D . Exemplos: acelga, agrião, couve-flor, brócolis, alface, cebola, broto de alfafa,    couve, algas marinhas feijão, feijão verde, quiabo, lentilha, banana, coco, figo, ameixa, limão,        gergelim, aveia, abacaxi, soja (em grãos e fermentada: tofú e missô). Salmão, ostras, gema de ovo e sol,     muito sol. Vamos ver algumas orientações.
          Sabe a cebolinha, aquela folhinha verde comprida , com a parte branca? É um santo remédio e alimento mais sagrado ainda. É antibiótica e anestésica, e sabendo planta-la não vai falta-la  (a rima é pobre, mas ricas são suas qualidades). Contra gripe com febre: misture uma colher de sopa  de rodeli-
nhas da parte branca, picadas, e 3 rodelas finas de gengibre. Deixe ferver por 2 minutos. Quando amornar, acrescente i colherinha de mel puro. Tomar 3 vezes ao dia: antes do almoço, entre 16   e 18h e antes de dormir. Repita essa terapia até o corpo apresentar melhoras.
          Outra maravilha muitíssimo conhecida pelas gentes que habitam as matas,       nativa do Brasil, México e Antilhas, é uma casca onde se extrai um óleo sagrado: COPAÍBA.   Cicatrizante,     do sistema do sistema renal, tonifica esse, o sistema imunológico e os pulmões. Realmente uma dádiva.
          Misture em partes iguais óleo de copaíba e óleo de gergelim. Alivia lesões causadas por herpes, feridas diversas e inchaços. Contra problemas de pulmão:deixe ferver em 1/2 litro de água 2 folhas pequenas de eucalipto,1 colherinha de folhas de guaco, por 3 minutos. Desligue o fogo, acrescente 2 gôtas de óleo de copaíba e inale antes de dormir. Repita a terapia 3 noites por semana, durante pelo menos 1 mês.
          Essa semana ainda posto mais orientações. Beijos a todos que estão aproveitando.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Colesterol, saiba mais alguma coisa

          Entre os alimentos aturalmente ricos em olesterol encontram-se os ovos, fígado, rins e mariscos. Contudo, as principais fontes de colesterol são realmente os alimentos ricos em gorduras saturadas, por   exemplo, cremes, manteiga, queijos duros, carne de porco, carne de carneiro, e fígado. As células de todo o corpo usam o colesterol para produzir diversos hormônios importantes, necessários ao crescimento e reprodução. Durante a formação de novas células em diferentes partes do corpo, o colesterol é usado como componente vital das paredes das células. É também um ingrediente essencial dos sais biliares produzidos no fígado, que são, mais tarde, passados aos intestinos    para    ajudar     na        digestão das gorduras. Praticamente todo o colesterol que chega à corrente sanguínea é, na verdade, fabicado no fígado, a partir do metabolismo de uma grande variedade de alimentos,    principalmente      gorduras saturadas. Uma vez que as necessidades diárias de colesterol para a função das células são totalmente supridas pelo colesterol fabricado no fígado, o organismo não precisa do    colesterol  contido  na alimentação.
           Apenas uma pequena quantidade é absorvida diretamente dos alimentos ricos em colesterol, como ovos e mariscos.  O colesterol é levado para todo o    organismo  pela corrente sanguínea, de onde retiram todo o colewsterol de que precisam. O que não é usado permanece na corrente sanguínea e pode atingir níveis excessivamente altos.   Está provado que pessoas com altos níveis de colesterol correm riscos muitos maiores de sofrer ataques cardíacos, de angina,    derrames      e   problemas circulatórios. O excesso de colesterol adere às paredes das artérias formando depósitos  de    gorduras que obstruem o fluxo normal do sangue para órgãos como o coração e o cérebro.         
          Muitas pessoas diminuem os níveis de colesterol mudando a dieta alimentar. Não basta ingerir meno alimentos ricos em colesterol, que tem pouco efeito sobre o nível sanguíneo. É preciso comer menso alimentos ricos em gorduras, principalmente saturada. Para quem tem colesterol alto, ingerir chá de dente de leão ( uma xícara antes do almoço durante 10 dias, sem falhar ), e uma cápsula de lecetina de soja, durante 30 dias, entre 9 e 10 horas da manhã, é uma ótima terapia. Qualquer  dúvida falem comigo: 32322534, 82450480.

sábado, 1 de outubro de 2011

O que é desintoxicar?

       É lavar o corpo das toxinas, despoluir e descartar possíveis processos dolorosos; é livrar células e tecidos
   de alterações químicas que se transformam no que chamamos de doenças.
       Quebrar ciclos que se tornam viciosos, faz-se necessário no combate ao mal que nos fere a alma ao mesmo tempo que nos machuca o corpo, abrindo caminho para as disfunções emocionais, que desconstroem nosso cotidiano, impedindo o fluxo dos canais de percepção, o processamento de emoções que mantém a saúde e nos ajuda a evoluir.
       A desintoxicação restabelece o equilíbrio básico(sódio-potassio), eleva o aporte de oxigênio nas células promovendo a volta da energia vital.
       SUCOS E SUMOS ÓTIMOS PARA DESINTOXICAR O ORGANISMO: inhaminho(dois dedos) e agrião(um dedo); inhaminho(dois dedos) mais hortelãzinha(um dedo); cenoura(dois dedos) mais gengibre(um dedo); beterraba(dois dedos) mais couve(um dedo). Estes são os sumos que devem ser tirados na centrífuga, ou ralados na parte fina do ralo e espremidos. SUCOS: couve(uma folha), gengibre(duas rodelas), semente de gergelim(uma colherinha de café), água(um copo), melaço de cana(uma colher de sopa). Bater tudo no liquidificador e beber na hora. Outro suco: agrião(quatro folhinhas), maçã(uma pequena em pedaços), água(um copo), melaço de cana ou mel de abelha verdadeiro. Bata tudo no liquidificador. O mel e o melaço são opcionais.
       Eles (os sucos e os sumos) devem ser ingeridos em jejum, pela manhá após o copo de água matinal. Faça uma semana de sucos e outra semana de sumos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Informações variadas

  •  " Não há doença e sim estagnação;" nenhum remédio e sim circulação (provérbio africano). Ouvi este provérbio há mais de 30 anos e cada vez mais concordo com ele.
           
         PRESTEM ATENÇÃO; A superalimentação por si só é causa de fermentações e putrefações gastrintestinais. Então, quando juntamos à quantidade nada de qualidade (alimentos industrializados) tem início, entre outros males, progressiva alteração da mucosa digestiva;
  •  A probabilidade de mulheres que ingerem acúcar (principalmente se for muito) gerarem crianças esquizofrenicas chega a 40%; aliás o acúcar não adiciona nada à nutrição a não ser calorias vazias, retirando nutrientes metabolizados de outros alimentos para poder liberar suas calorias. E quanto mais alta a taxa de acúcar no organismo, mais cai o poder bactericida dos leucócitos
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  • Azeite de oliva e limão ingeridos um após o outro, é estimulane da função hepática. Veja como fazer: tome uma colher de sobremesa de óleo de oliva, e logo em seguida tome o suco de um limão pequeno em dois dedos de água. Espere pelo menos uma hora para fazer o desjejum de frutas Essa beberagem deve ser ingerida em jejum após o copo de água matinal.
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  • A pele é considerada o terceiro rim, é um outro órgão de eliminação usado pelo corpo para externalizar os óleos e outras matérias não excretada do corpo através da urina ou das fezes.
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  • Se voce está com dosagem alta de acúcar e baixa sintetização de vitaminas e minerais (que são os nutrientes básicos), pode ser que sua glândula pituitária esteja com baixo rendimento.
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  • Não c usta sempre frisar: comida requentada deprime o organismo. Abraços e até a próxima.             .

segunda-feira, 30 de maio de 2011

São Luís e seus problemas

       A fruição do espaço público em São Luís está difícil: assaltos - dos mais rasteiros aos mais sofisticados, buracos, ou melhor, crateras onde carros podem cair, ou ratos sair. Na verdade somos todos vítimas da precaríssima educação sanitária. Junto às outras calamidades, a ausência de higiene social é a que mais me incomoda por ser diuturna e escandalosa. Infelizmente, à retórica, as entidades que lidam com os movimentos sociais, não agregam eficiência e ações que de fato eduquem o coletivo para a convivência: respeitar o espaço comum é valorizar relações onde todos aprendem regras e deveres: não jogar lixo nas ruas, ou depredar bens públicos como caixa de coleta de detritos e telefones; não urinar nos postes, nas paredes, nos carros, como num carnaval feérico, pleno de desajustes e transgressões que transformam a cidade na babel desvairada e podre.

       É impossível mudar sem expulsar do inconsciente o que trava: a cultura da miséria e a estética de "jeca tatú", valores arraigados e bolorentos, nascidos na casa grande e fincados no imaginário da senzala, cultura do resto que se come ou se usa e se joga ao acaso, iniciando o desacerto da urbe desvairada, das periferias assombradas e da cidade definida em zonas, com o retrato de "jeca-tatú" e a do Barão do Rio Branco, encenando vidas separadas pelo potencial de consumo, mas todos mergulhados na cultura que vem de longe, sofrendo uma construção mental perversa: de ser periferia em um mundo claro, bonito, ordenado(sim, nos achamos feios, grosseiros e atrasados).

       E o Maranhão, como parte desse mal-estar e baixa auto-estima coletiva, ostenta altos índices de degradação ambiental: baixa produtividade agrícola, conflitos de terras que empurra o camponês para as periferias da capital ou de outros Estados, destruição do solo pela criação de gado e plantação de soja e cana de acúcar. O estrago é brutal: toda a cadeia alimentar é alterada quebrando a harmonia das relações animal-vegetal-mineral. O sol não passa a nascer quadrado, mas quase, e todo o entorno sofre o choque das mudanças que destroem tudo o que até ali vinha sendo. E a soma dessa realidade é transformada em miséria e doenças.

       A história continua processando os acontecimentos da forma mais dolorosa e destrutiva possível. As variáveis não acontecem na dinâmica fisiológica da doença, mas na disparidade das previsões do lucro. A opressão do sofrimento cria um vácuo cuidadosamente manipulado e preenchido por informações muito bem elaboradas para seduzir.O resultado mais imediato é o aumento dos casos de doenças infecciosas e degenerativas.

       O Maranhão é campeão em várias disfunções: anemia, leucemia, câncer do colo do útero, cancêr peniano, diabetes, hanseníase, hipertensão, câncer do estômago.

       Como resolver essa questão? difícil, pois o condicionamento é muito grande. O povo não transforma sua qualidade de vida e sua consciência permanece atrofiada, como já disse, refém dos remédios.
          
       Sorte para o Maranhão (e para nós outros).                             

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O corpo humano em sintonia com o planeta

       Não sabemos nada acerca do funcionamento de nosso organismo. Quer dizer, sabemos o que o sistema de ensino nos mostra nos currículos escolares. A energia sutil, aquela que sustenta as células com as informações direcionadas para a manutenção da saúde em sintonia com tudo que nos rodeia, não somente no planeta, mas com o Universo que nos contém. Pensar em energia sutil é muito dificultoso para as pessoas urbanas do mundo inteiro, principalmente o ocidental, acostumado a tratar da doença e não da saúde, o que impede uma sinergia entre o físico e o mental, distanciando assim o organismo da verdadeira cura.

       O corpo tem um rítmo. Quando colocamos a mão no pulso sentimos o movimento de tique-taque. Esse é uma parte do rítmo. Pela manhã temos a energia alcalina, entre 11horas e 1 e meia da tarde, temos o horário digestivo (dentro desse horário o corpo digere o almoço muito bem, após é mais dificultoso), e  partir das 14 h, entra o horário ácido. É como a subida e descida da maré, ou seja, o corpo pulsa e nós temos que acompanhar o rítmo. Quando quebramos a lei, adoecemos. O dia a dia das pessoas pode ser resumido assim: comemos o que o corpo não necessita, nas horas indevidas e na quantidade inadequada.

       Precisamos mudar os pontos de vista que pautam nossas vidas. Achamos que cuidar da saúde é ingerir um monte de remédios, que se acreditarmos em uma entidade estaremos salvas, ou seja, deixamos de trabalhar nosso corpo, nosso emocional, delegando a responsabilidade de nosso dia a dia para outras, ou endidades ou outra criatura.

       Nosso relógio biológico não falha. De 2 em 2 horas é um orgão que está com a energia passando por si, se o mesmo estiver com problemas é o momento exato de ser cuidado.

       Vejamos: das 3 às 5 da manhã: pulmão
                       das 5 às 7 da manhã: intestino grosso
                       das 7 às 9 da manhã: estômago
                       das 9 às 11 da manhã: baço-pâncreas
                       das 11 às 13 da tarde: coração
                       das 13 às 15 da tarde: intestino delgado
                       das 15 às 17 da tarde: bexiga
                       das 17 às 19 da noite: rins
                       das 19 às 21 da noite: circulação-sexo            
                       das 21 às 23 da noite: triplo-aquecedor
                       das 23 à 1 da madrugada: vesícula-biliar
                       da 1 da manhã às 3 da manhã: fígado

       O fígado é nosso grande laboratório. Sua hora deve ser respeitada: devemos estar na cama, pois é o momento em que ele faz a desintoxicação do organismo todo. E para que ele trabalhe direito, necessário se faz ingerirmos alimentos vivos e, se possível, sem agrotóxicos.

       Vejam 2 receitas:  "Gostosura Plena"

                                        ingredientes: uva passa = 1 colher de sopa
                                                              broto de lentilha = meia xícara de chá
                                                              azeitona preta = meia dúzia
                                                              milho verde fresco = meia xícara   
                                                              alface e acelga = 2 folhas de cada
                                   
                                       Modo de preparo: pique as folhas e as azeitonas; misture 2 colheres de azeite de oliva, uma pitada de orégano, suco de meio limão, sal marinho a gosto, uma colher de sopa de cebola ralada, acrescente esse molho a todos os ingredientes mexendo bem.
                                        Deguste louvando a natureza!

                                       Creme de macaxeira

                                       Ingredientes: macaxeira cozida = 2 xícaras de chá        
                                                             salsinha = 1 colher de sopa
                                                             curry = meia colher de chá
                                                             cebolinha = 1 colher de sopa
                                                             leite de coco fresco = 3/4 de xícara
                                                             sal marinho = uma pitada
                                                             azeite de oliva = 1 colherzinha de chá

                                     Modo de preparo: misturar todos os ingredientes no liquidificador, bater muito bem, levando ao fogo para apurar durante 2 a 5 minutos após começar a ferver.
                                       OBS: a quantidade dessas receitas é para 2 pessoas.   

                                        Bom Apetite!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Psicologia da mudança alimentar

       Mudanças de hábitos costumam ser atritos fraternais do indivíduo com seu meio - mudando para voltar a ser feliz, e exorcizar os duendes que, maliciosos adoram arruinar nossas projeções de vida. Sem seus prazeres, a criatura humana costuma dispersar o hábito de refletir e fruir o gozo. E a comida é um legítimo e puro prazer. Nela reside a razão da vida, e dela pode partir o aguilhão da morte. E o prazer embutido no intrincado de sabores intensos e delicados, representa cada elemento em seu valor de barganha no jogo da vida. O banquete é o símbolo, e a fartura, a forma. Os dois evoluem juntos e dão início a todos os mitos que envolvem os frutos da terra, desde a multiplicação dos pães até milenares tabus alimentares.

       Quando, então, iniciamos o caminho de ser e romper, começada a mudança, é preciso continuar a reconhecer os mitos, criando métodos próprios de abordagem curativa emancipadora da saúde em situações de risco.

       Ao mudar, não queremos perder nada que se nos pareça vital. Inventamos derivativos, mantendo a ilusão do bem estar, mesmo quando o organismo reclama com veemência e dispara em sucessivos processos estranhos e dolorosos. Se o desequilíbrio existe, ou se acredita existindo, os fatos corriqueiros ganham entonações dramáticas, podendo ocorrer forte apego a fatos banais, cheios de tensões e equívocos, que trazem à tona outrossim, comportamentos sistemáticos, pouco afeitos a vôos mais ousados, que se deixam monitorar por várias e estranhas realidades.

       Os meios de comunicação tornam indispensáveis formulações que pareçam boas ao sistema. Se a dieta x é boa para tais indisposições, por que não torná-la indispensável? O indivíduo - ponto de referência do consumo per capita - aguenta o peso do jogo e arca com as consequências.

       Quando pedimos socorro, nossas possibilidades são fragilizadas porque não lidamos com a saúde. A condição primordial nas sociedades modernas é saber lidar com a doença.

       Saúde? Longe de nós tal estado de bem aventurança. O sofrimento como paradigma de um bem maior, que nos leve direto ao jardim das delícias (afinal o mundo é plugado na religiosidade).

       Mas, vejamos, onde será que reside a explicação, nas injunções sociais, ou nos instintos, desejos, interesses e necessidades dos indivíduos?

       Na verdade, uma simples mudança alimentar pode representar, no contexto descrito, a dança dos demônios: o medo de perder nossas referências ancestrais, choca-se com as modernas necessidades induzidas, e o resultado é a falta de identidade alimentar, que impossibilita mudanças e saúde equilibradas.

       Prestem atenção: o organismo não trabalha com pesos e medidas, ou seja, não corra atrás de dietas que prescrevam tantas e tais calorias. Ele necessita de alimentos verdadeiros, aqueles com vitaminas, sais minerais, proteínas, que se tranformam em sangue, músculos, pele, sistemas sadios, que funcionem, criem defesas contra infecções e nos protejam das disfunções degenerativas.

       Vejam que gostosura essa salada anti-anêmica:

       (2 pessoas)

  • trigo em grão brotado: 3 colheres de sopa cheias
  • coco seco "natural" ralado: 2 colheres de sopa
  • beterraba bem nova ralada:1/2 xícara de chá
  • cenoura bem nova ralada: 1/2 xícara de chá
  • alface: 6 folhas médias
  • azeitonas pretas: 7 ou 8

      Tempero

  • limão suculento: suco de 1
  • azeite de oliva: 2 colheres de sopa
  • sal marinho: a gosto
  • orégano: 1 pitada
       Misture todos os temperos e acrescente aos ingredientes da salada.

       Obs: Não como comida requentada ou velha, ela já estará vazia de nutrientes, além de pouco saborosa. Comida só fresca.  

  













quinta-feira, 14 de abril de 2011

Leites vegetais

       O leite de procedência animal acarreta ao organismo humano tremendos esforços de adaptação, custando energia de reposição que o corpo, por ausência de material adequado (fora de sua programação celular) não fabrica. A necessidade bioquímica - simples, precisa e básica - está baseada em matéria prima que se repõe e se inventa diariamente, é metabolizado sem deixar vestígios resíduais e sem transformar o meio em caldo de bactérias, passíveis de provocarem fermentações e consequentes inflamações, que empobrecem a continuação da espécie. O organismo se adapta (mais que outro) mas todos acumulam toxinas, substâncias venenosas produzidas a partir de certos alimentos, com relevância para as proteínas animais.

       E por que proteínas animais? Continuemos com o leite de vaca (ou outro animal qualquer) para servir como exemplo: o pâncreas, responável junto com o intestino delgado, pela digestão das proteínas (vegetal e/ou animal) aumenta sua produção de suco pancreático a cada ingestão de leite animal, substância estranha à sua informação/constituição físico-químico. O "efeito desgaste", onde milhões de células são sacrificadas no trabalho insano da metabolização, interfere negativamente no equilíbrio do organismo como um todo.

       Esse efeito negativo soma-se a outros, gerando deficiências tão profundas que o "mapa" fisiológico "distorce" referências básicas (programação celular) e disfunções em cadeia, aproveitando as rupturas, tem início. Diabetes é o exemplo clássico, sendo um dos males mais degenerativos que o corpo vem a sofrer. Vamos procurar imaginar a mãe gerando sua criança no meio repleto de cumulações e vazio de nutrientes básicos.

       O contexto apresentado à criança quando nasce, continua com ausências importantes, e preencher lacunas torna-se difícil dada as ingerências potentes, ilimitadas e constantes,  não se levando em conta a saúde e sim o consumo.

       Traduzindo: o consumo excessivo de carnes, enlatados, industrializados, açucarados, embutidos, achocolatados, transformam o tubo digestivo em uma usina atômica. De geração em geração os seres humanos enfraquecem sua energia vital, alteram a programação bioquímica, o corpo não assume nem coopta as informações diferentes e o resultado são as anomalias, que passam a ser normalidade, infelizmente.

       Os leites vegetais (soja, aveia, trigo em grão, castanhas) possuem os nutrientes essenciais, necessários para a construção de células, ossos,  tecidos e a perfeita interação dos vários sistemas que compõe o corpo humano.

       OBS: o leite que alimenta deve ser dá própia espécie. Vamos tomar como exemplo o leite da vaca: ele é destinado a sua própia cria, ou seja, para quem tem couro, chifre, casco e ossos enormes. O organismo necessita dos nutrientes básicos (sais minerais e vitaminas) para construir o corpo da criança. Se a mãe não tiver leite, os leites vegetais proporcionam todo o necessário para formar saúde de qualidade. As pessoas com intolerância, prisão de ventre, diabetes (é uma das causas), diverticulite, e algumas outras disfunções, devem a sua causa à ingestão de proteínas de outra espécie, em particular leite e queijos, que além de tudo formam muito muco.  


quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Ressonância Schumann

Texto de Leonardo Boff 
        Não apenas as pessoas mais idosas, mas também jovens sentem que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi carnaval, dentro de pouco será páscoa, mas um pouco, natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real?
       Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação.
       O físico alemão W. O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (daí chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.
       Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa frequencia biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde.
       Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico.
       Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a frequência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo.
       O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas.
       Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann. Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançadores, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritimo da Terra.
       Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo de que Terra e humanidade formamos   uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Sehumann.
      Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.
       Só para chamar a atenção para um fenômeno que está ocorrendo de forma notável:
       Notaram que as estações estão se movimentando?
       O Outono passado foi mais quente que o Verão; o Inverno foi morno; a Primavera fez mais frio que o Inverno e no Verão choveu como na Primavera e a metereologia prevê um Outono quentíssimo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Os rins e seus problemas

       Os rins, grande depurador, monitora a química corporal sendo o mediador das pequenas e grandes interevenções que o organismo promove na manutenção da saúde hormonal, nervosa e digestiva, equilibrando ausências e excessos eliminando e/ou transformando o que o organismo absorve, quando necessário, muitas vezes urgente.
       Nossa energia primordial é a renal. Essa energia contém em sí nossos devaneios, nossas decepções e os fortes laços com nossa identidade intrínseca: a mãe.
       Os rins retiram 85% dos resíduos do sangue, governando assim a circulação sanguínea; monitora o sistema sexual equalizando os hormônios; sintetiza todo o cálcio que entra através da alimentação; é responsável pelo equilíbrio eletrolítico: sódio/potássio ( entrada e saída de líquidos nas células).
       Infelizmente, a desordem que constituem nosso cotidiano, penaliza excessivamente o equilíbrio orgânico fazendo com que 85% dos problemas deságuem (literalmente) nos rins.
       Ingerimos remédios demais e nutrientes de menos; tomamos ou muitos líquidos ou quase nada. Como ele governa os ossos  e músculos (captação de cálcio, lembra?), os resultados mais visíveis logo aparecem: artrose, artrite, bursite, osteoporose.
       Os sinais de exaustão do sistema renal evidencia questões bem mais profundas referentes à saúde como caminho de vida. Das maquinacões que nos vedam o acesso às reflexões e nos obrigam a agir por impulso, levadas pelo sofrimento. Não conhecemos nosso corpo e suas reais necessidades: comemos alimentos manipulados e ingerimos remédios formulados segundo às necessidades do mercado.
       Como já citado, os rins, juntamente com o coração e os vasos sanguíneos, são responsáveis pelo controle da circulação e por conseguinte, pela saúde de todo o sistema orgânico. Eis as enfermidades que mais afetam o sistema renal: nefrite aguda e crônica, uremia, calculose renal, uretrite, pielite, hematúria, enurese, nefrite, uremia, anúria e nictúria. Essas são as afecções mais conhecidas, mas todas se referem a cada parte dos rins, ou seja, mostram a destruição paulatina do sistema que filtra, purifica e mantém estável o PH do organismo todo.
       Cada afecção necessita de atenção especial, nutrientes e trato bioenergético específico. Mais adiante posso discorrer sobre cada um deles. No momento vou enumerar algumas ervas depuradoras e alguns alimentos que, além de nutrir, ajudam na depuração: cavalinha, camomila, alecrim, artemísia, sálvia, cabelo de milho.
       Melhores alimentos: maçã, arroz integral, grãos brotados, cereais integrais, frutas frescas (menos frutas ácidas), água não gelada, oleaginosas cruas, verduras, legumes e raízes. Também não pode ingerir comidas requentadas.
       Em próximas postagens colocarei receitas e terapias mais específicas.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Como os problemas emocionais intervém em nossa saúde total

       O relaxar e o digerir, o que ocorre diariamente no plano físico tem a ver, no plano espiritual, com a aceitação do que se vive.

       A colite pode relacionar-se com pais demasiadamente exigentes, com a própia auto exigencia, com o medo da opressão e da derrota ou com uma grande necessidade de afeto.

       Os problemas no cólon significam o acúmulo de pensamentos confusos do passado que obstruem o canal de eliminação. A prisão de ventre representa a resistência a renunciar a velhas idéias, o apego ao passado.

       Os problemas da bexiga correspondem à angústia e ao medo de se soltar.


       Os problemas emocionais quando não trabalhados de maneira equilibrada podem reduzir sua vítima (se mal trabalhada a pessoa torna-se vítima) a um estado letárgico grave. Procure ajuda na meditação, na boa alimentação, nos exercícios e na ervas medicinais que acalmam o físico e o mental.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mulher negra: saúde, afetividade e discriminação

       No rico imaginário brasileiro, a mulata faceira passa com graça. Na realidade, a lata d'água na cabeça fez a Maria ir muito pouco adiante. Tropeçou em todos os obstáculos que as circunstâncias colocaram em seu caminho. Nenhuma transformação social conseguiu arranhar a visão plurativa, cheia de contornos que envolve a mulher negra.

       As evoluções ocorridas por intervenções culturais estranhas, e os parâmetros econômicos impostos ao longo de nossa história, a transformaram em ser oculto, periférico, que não aparece por sua desimportância.
O desprezo, concebido na intolerância e gerado na certeza da inferioridade do outro, ao liberar sua ação, tal como a caixa de pandora, avilta e dificulta sua sobrevivência moral, física, emocional, condicionando seu psicológico

       A sociedade quando constrói imagens que ressaltam as diferenças, trabalham princípios de poder e hierarquias, grandes definidoras de lugares sociais. Neste contexto, a libido construída, a reduz a pura função sexual. Seu corpo e capacidade reprodutiva são invisíveis para si própria e sua descendência feminina.

       Só a ficção, com seu aparato fantástico e seu testemunho mudo, pode apreender a dimensão dos acontecimentos. O ciclo da escravidão, alimentou-se profundamente em suas entranhas, nada lhe sendo concedido ou levado em consideração. O nada incluso É o outro, sem rosto, sombra que se esgueira, pois tudo lhe é nefasto. Concebe do patrão e do escravo. As hierarquia e bonanças constroem-se e se consolidam às suas custas, à margem das satisfações que poderiam, quem sabe, fixá-la como um ser humano produtivo que, afinal, é. Das mezinhas que mantém a saúde, à cantiga de ninar, construiu o arquétipo da casa grande. De suas forças e talento, nasceu um Estado. Estranha e misteriosa,sua linguagem e costumes colaboraram na elaboração do corpo social, na integração dinâmica de experiências comuns – abordagem de ideias e emoções -, sempre como referência oculta.

       Último elo do processo, penúltimo era o escravo, homem,com maior poder de barganha, sofreu estupros sistemáticos, a tal miscigenação, a mulata faceira. As doenças e a falta de afetividade, não só lhe moldaram o caráter, como também lhe inocularam todas as pestes do mundo:má alimentação, e doenças física e mentais.

      A sociedade que ajudou a construir oferece-lhe lugar no quarto de empregada. A realidade que a oprime serve de teses e ela nunca é convidada para o coquetel. Mas... não quer, como o negativo, ser obscurecida por teorias cínicas. Não quer, como o arlequim, ser a boba da corte e sentir o menosprezo à sua sensibilidade. Não quer, como o pirilampo, destraçar-se em seu brilho, que existe, mas é fugaz.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A pobreza dos Ricos

A pobreza dos Ricos

                  Leia com atenção este texto extremamente atual.
                  Reflitam sobre ele.

                  Cristovam Buarque
                “Em nenhum outro país os ricos mostraram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, sequestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam belos carros aos seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de  muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.

                Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa.

                Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa. Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro.

                E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: insegurança e ineficiência. No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente.
                Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros. Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria. A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado.

                Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem sabe manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos.

                Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados. Para poderem usar seus próprios automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença. Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador de decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo.

                Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez. Mas isso é esperar demais.

                Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas."