segunda-feira, 30 de maio de 2011

São Luís e seus problemas

       A fruição do espaço público em São Luís está difícil: assaltos - dos mais rasteiros aos mais sofisticados, buracos, ou melhor, crateras onde carros podem cair, ou ratos sair. Na verdade somos todos vítimas da precaríssima educação sanitária. Junto às outras calamidades, a ausência de higiene social é a que mais me incomoda por ser diuturna e escandalosa. Infelizmente, à retórica, as entidades que lidam com os movimentos sociais, não agregam eficiência e ações que de fato eduquem o coletivo para a convivência: respeitar o espaço comum é valorizar relações onde todos aprendem regras e deveres: não jogar lixo nas ruas, ou depredar bens públicos como caixa de coleta de detritos e telefones; não urinar nos postes, nas paredes, nos carros, como num carnaval feérico, pleno de desajustes e transgressões que transformam a cidade na babel desvairada e podre.

       É impossível mudar sem expulsar do inconsciente o que trava: a cultura da miséria e a estética de "jeca tatú", valores arraigados e bolorentos, nascidos na casa grande e fincados no imaginário da senzala, cultura do resto que se come ou se usa e se joga ao acaso, iniciando o desacerto da urbe desvairada, das periferias assombradas e da cidade definida em zonas, com o retrato de "jeca-tatú" e a do Barão do Rio Branco, encenando vidas separadas pelo potencial de consumo, mas todos mergulhados na cultura que vem de longe, sofrendo uma construção mental perversa: de ser periferia em um mundo claro, bonito, ordenado(sim, nos achamos feios, grosseiros e atrasados).

       E o Maranhão, como parte desse mal-estar e baixa auto-estima coletiva, ostenta altos índices de degradação ambiental: baixa produtividade agrícola, conflitos de terras que empurra o camponês para as periferias da capital ou de outros Estados, destruição do solo pela criação de gado e plantação de soja e cana de acúcar. O estrago é brutal: toda a cadeia alimentar é alterada quebrando a harmonia das relações animal-vegetal-mineral. O sol não passa a nascer quadrado, mas quase, e todo o entorno sofre o choque das mudanças que destroem tudo o que até ali vinha sendo. E a soma dessa realidade é transformada em miséria e doenças.

       A história continua processando os acontecimentos da forma mais dolorosa e destrutiva possível. As variáveis não acontecem na dinâmica fisiológica da doença, mas na disparidade das previsões do lucro. A opressão do sofrimento cria um vácuo cuidadosamente manipulado e preenchido por informações muito bem elaboradas para seduzir.O resultado mais imediato é o aumento dos casos de doenças infecciosas e degenerativas.

       O Maranhão é campeão em várias disfunções: anemia, leucemia, câncer do colo do útero, cancêr peniano, diabetes, hanseníase, hipertensão, câncer do estômago.

       Como resolver essa questão? difícil, pois o condicionamento é muito grande. O povo não transforma sua qualidade de vida e sua consciência permanece atrofiada, como já disse, refém dos remédios.
          
       Sorte para o Maranhão (e para nós outros).                             

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O corpo humano em sintonia com o planeta

       Não sabemos nada acerca do funcionamento de nosso organismo. Quer dizer, sabemos o que o sistema de ensino nos mostra nos currículos escolares. A energia sutil, aquela que sustenta as células com as informações direcionadas para a manutenção da saúde em sintonia com tudo que nos rodeia, não somente no planeta, mas com o Universo que nos contém. Pensar em energia sutil é muito dificultoso para as pessoas urbanas do mundo inteiro, principalmente o ocidental, acostumado a tratar da doença e não da saúde, o que impede uma sinergia entre o físico e o mental, distanciando assim o organismo da verdadeira cura.

       O corpo tem um rítmo. Quando colocamos a mão no pulso sentimos o movimento de tique-taque. Esse é uma parte do rítmo. Pela manhã temos a energia alcalina, entre 11horas e 1 e meia da tarde, temos o horário digestivo (dentro desse horário o corpo digere o almoço muito bem, após é mais dificultoso), e  partir das 14 h, entra o horário ácido. É como a subida e descida da maré, ou seja, o corpo pulsa e nós temos que acompanhar o rítmo. Quando quebramos a lei, adoecemos. O dia a dia das pessoas pode ser resumido assim: comemos o que o corpo não necessita, nas horas indevidas e na quantidade inadequada.

       Precisamos mudar os pontos de vista que pautam nossas vidas. Achamos que cuidar da saúde é ingerir um monte de remédios, que se acreditarmos em uma entidade estaremos salvas, ou seja, deixamos de trabalhar nosso corpo, nosso emocional, delegando a responsabilidade de nosso dia a dia para outras, ou endidades ou outra criatura.

       Nosso relógio biológico não falha. De 2 em 2 horas é um orgão que está com a energia passando por si, se o mesmo estiver com problemas é o momento exato de ser cuidado.

       Vejamos: das 3 às 5 da manhã: pulmão
                       das 5 às 7 da manhã: intestino grosso
                       das 7 às 9 da manhã: estômago
                       das 9 às 11 da manhã: baço-pâncreas
                       das 11 às 13 da tarde: coração
                       das 13 às 15 da tarde: intestino delgado
                       das 15 às 17 da tarde: bexiga
                       das 17 às 19 da noite: rins
                       das 19 às 21 da noite: circulação-sexo            
                       das 21 às 23 da noite: triplo-aquecedor
                       das 23 à 1 da madrugada: vesícula-biliar
                       da 1 da manhã às 3 da manhã: fígado

       O fígado é nosso grande laboratório. Sua hora deve ser respeitada: devemos estar na cama, pois é o momento em que ele faz a desintoxicação do organismo todo. E para que ele trabalhe direito, necessário se faz ingerirmos alimentos vivos e, se possível, sem agrotóxicos.

       Vejam 2 receitas:  "Gostosura Plena"

                                        ingredientes: uva passa = 1 colher de sopa
                                                              broto de lentilha = meia xícara de chá
                                                              azeitona preta = meia dúzia
                                                              milho verde fresco = meia xícara   
                                                              alface e acelga = 2 folhas de cada
                                   
                                       Modo de preparo: pique as folhas e as azeitonas; misture 2 colheres de azeite de oliva, uma pitada de orégano, suco de meio limão, sal marinho a gosto, uma colher de sopa de cebola ralada, acrescente esse molho a todos os ingredientes mexendo bem.
                                        Deguste louvando a natureza!

                                       Creme de macaxeira

                                       Ingredientes: macaxeira cozida = 2 xícaras de chá        
                                                             salsinha = 1 colher de sopa
                                                             curry = meia colher de chá
                                                             cebolinha = 1 colher de sopa
                                                             leite de coco fresco = 3/4 de xícara
                                                             sal marinho = uma pitada
                                                             azeite de oliva = 1 colherzinha de chá

                                     Modo de preparo: misturar todos os ingredientes no liquidificador, bater muito bem, levando ao fogo para apurar durante 2 a 5 minutos após começar a ferver.
                                       OBS: a quantidade dessas receitas é para 2 pessoas.   

                                        Bom Apetite!