segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Considerações sobre receitas deliciosas e nutrientes essenciais

        Leiam algumas dicas antes de degustar com os olhos algumas delícias que posso lhes ensinar.
        1) A vitamina que mais previne a osteoporose é a vitamina k. Previne hemorragias, sendo necessária à coagulação sanguínea e na formação óssea.
        Sinais de carência: diminuição do tempo de coagulação, anemia, fraqueza, deficiência de circulação e hemorragias.
        Fontes: vegetais verdes, nabo, arroz integral, farinha de aveia, centeio, pêssego, alfafa, gema de ovo, iogurte, melaço de cana, repolho, cenoura, ervilha, couve-flor, tomate, morango, queijo, couve-de-bruxelas, óleos vegetais. 
        2) Nunca misture: leite e derivados, com carnes. A mistura inibe a metabolização do ferro. 
      3) Pergunta: Qual é o sonho mais constante, aquele que povoa a imaginação de todas as criaturas humanas? 
        Resposta: o eligir da eterna juventude. E existe, não como na imaginação das pessoas, mas a natureza, como sempre, produz uma substância que é a própria fonte inibidora de inúmeras disfunções: denomina-se Coenzima Q10, mais conhecida como Ubiquinona. Potente antioxidante, varredor eficaz de vàrios radicais livres, melhora a imunidade geral, o bom funcionamento da função cardiovascular, atua no combate à asma, nas alergias, na diabetes, mal de alzheimer, e no processo de envelhecimento. 
        Fontes: vegetais folhosos, salmão, sardinha, lanceta.

        Já que é o alimento que nos mantém vivos, vamos comê-lo na forma integral, pois além de vivos, seremos saudáveis. 
        Não existe alimento ruim. Quase todos são bons do ponto de vista nutricional. O que acontece é a má manipulação. Do plantio à caçarola, os caminhos são muitos e intrincados.
        Quando eles chegam a nós, brincamos de construir acepipes monumentais. Para tal, destruísmo tanto o gosto como a energia vital de todos, moendo, afogando, encharcando, misturando. 
        Assim, não há alimento que resista. 
        Cá entre nós: tampouco a saúde.

        Veja (e sinta água na boca) algumas das delícias que posso lhes ensinar:
  • salmão no molho de alcaparra e/ou maçã
  • pescada no molho de beringela
  • arroz carreteiro vegetariano
  • abobrinha de forno
  • creme de batata doce saboroso
  • quibe à moda da casa
  • nhoc no molho branco, ou molho de melancia, ou molho de missô
  • panqueca de suco de milho verde
  • farofa maravilha
  • legumes no leite de gergelim
  • creme de milho verde à Sonia Maria
  • rocambole de beringela
  • leite de soja (do grão)
  • torta de creme de banana
        Todas as receitas dos acepipes acima mencionados serão repassadas aos poucos. 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

No Brasil, a má alimentação é uma questão de classe?

        No Brasil de hoje, encontramos um ponto positivo: a democracia alimentar. Todos nós comemos mal. Variando as circunstâncias,o padrão continua inalterável.
       País de dimensões continentais e situação sócio-econômica díspare, que desaguam em realidades contundentes, fácil é constatar o que existe dentro de tão estremecente caldeirão.
        Em 1850 o solo brasileiro já havia perdido 50% de sua floresta atlântica, realidade que apontou o tipo de estrutura desenrolada no cenário riquíssimo, e que atingiu a população já no alvorecer de sua personalidade étnica.Os ciclos da natureza foram submetidos aos ciclos das ambições do mercantilismo, do qual fomos (o novo mundo) patronesses e mantenedores terrivelmente eficazes. Nossos traços foram esboçados na idéia da exclusão de modos de produção de mercadorias, das fomes que pontilham nossos caminhos desde então, das carências de afeto, de saúde, de soluções, de consistência no discurso e na praxis.
        A saúde alimentar? O que é a feijoada? É a cultura que veio da Europa, mas o que a casa grande não queria, ía pra panela da escravaria. Assim começou a ser acrescentada ao feijão a parte considerada menos nobre do porco: rabos, joelhos, orelhas e focinhos. A gastronomia brasileira ganhou seu primeiro prato típico. E o corpo, seus primeiros problemas de saúde.
        A exploração sistemática dos recursos naturais, abundantes e diversificados, da flora e fauna riquíssimas em conteúdo terapêutico, nos faz representar, às vésperas de alguma hecatombe, o paraíso monocultor do planeta. Hoje o país detém apenas 3% do originas da mata atlântica. Temos 350 milhões de hectares cultiváveis, dos quais apenas 14% produzem.
        A par disso, floresceu no Brasil colonial, a função floral da cura doméstica. A grande matéria prima desse processo, a floresta, conseguia repor, em um grande ciclo cósmico, as propriedades nutricionais, climáticas e sazonais das plantas e ervas.
        Os dois grupos mais ajustados à cultura agrícola, o negro e o índio, desenvolveram brilhante receituário oral da flora medicinal compilado mais tarde por pesquisadores europeus aqui aportados com o intuito de catalogar as plantas e suas funções terapêuticas, discriminando o uso e a forma de aplicação de cada uma delas, bons aprendizes que foram de nossos caboclos. Com o uso de infusões, beberagens e emplastos de origem vegetal, os indios e negros procuravam exorcizar as doenças que os incomodavam e dizimavam os demais habitantes.
        Os modelos de sobrevivência autóctone , no que concerne à alimentação, foram suplantados pelos modelos de produção em série. E, já que somos o que comemos, a população ficou marcada por disfunções que, através dos séculos, tornou-se o diferencial social do povo pobre, que representa bem o mito de prometeu acorrentado, sem asas para voar e poder traçar caminhos com menos enigmas e horizontes mais luminosos. A carência alimentar repercute sobre a economia geral. É quando passamos a viver de insuficiências, não conseguindo transformar nossas deficiências em algo aproveitável e que nos dê status de país viável.
        Temos uma das lavouras mais poluídas do mundo. O BANCO DO BRASIL concede empréstimos somente a lavradores que utilizem agrotóxicos. Nossa assistência médica, atrelada às multinacionais dos remédios, evidencia a mentalidade da exclusão o povo, em busca de um equilíbrio que se perdeu, endireita os quadris e parte para as chamadas terapias informais.
        Voltando à discurssão alimentar, o processo, porque antigo, perpassa todas as classes e posições, incluindo qualquer intermediário que, por acaso, entre nesse saco de gatos. O padrão alimentar, tendo como forte aliado os meios de comunicação, espalhou-se como vento ruim que leva em seu bojo todas as pestes. Sabe aquele iogurte que, ao invés da fruta trás uma tinta que imita à perfeição o gosto da mesma? E aquele franguinho carregado de hormônios? E os alimentos em latas e os importados, sem os mínimos requisitos nutricionais, mas que dão status.
        Bem, forçoso é dividirmos os termos: o pobre come pouco e mal. O rico come muito e pior ainda, pois peca (já que tem posses) pelo excesso.
        Como em alguns sistemas políticos, a democracia representa muito para uns e pouco para outros. Na alimentação, peça de encaixe fundamental para o bom desempenho da máquina, a frase ultrapassa sua verdade. Por que? Nas camadas mais privilegiadas economicamente há predominância de alimentos mortos a opulência levando ao desfalque da vitalidade, existindo porém a variedade que funciona como compensação ao estresse fisiológico. De seu cardápio constam frutas, legumes, verduras, cereais, castanhas, raízes, leguminosas, num banquete farto, fato que, muitas vezes, os afasta das depressões oriundas da falta de nutrientes básicos, mas que releva o previlégio perverso de comida abundante para poucos, deixando a incômoda impressão de que o país funciona somente para alguns. E que exige, dentro de discursos ufanistas, a colaboração de todos
        Dizem que as crises sempre geram soluções. Nas zonas rurais existe (infelizmente pouco aproveitado) espaço para manobra social, sendo a roça doméstica, as árvores frutíveras nas estradas, o teste da capacidade de sobrevivência do ser humano. Só que esta representa parte da solução da fome da população carente. E que na verdade, revela-se uma solução esquálida, amostra do pauperismo de luz baça, que indica o caminho estreito da estrada, sem a luminosidade da abundância.
        OBS: Vejam uma informação do professor e compositor PAULO EMÍLIO VANZOLINE, publicada pela revista época, em 24 de fevereiro de 2003
        O naturalista ALEXANDRE RODRIGUES FERREIRA, nasceu na BAHIA (1775 + ou menos). O farto e rico material por ele obtido em suas peregrinações foi roubado porque o prometido apoio do império para publicar suas descobertas, foi adiado seguidas vezes, ficando à mercê do roubo por parte dos exércitos napoleônicos, tendo caído nas mãos do naturalista Saint-Hilaire, a quem couberam os louros pelas descobertas. Graças a esse espólio, Ferreira caiu em depressão profunda, ficando inválido até a morte, ocorrida em 1815.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O caminho do stress

        A gênese do sonho nos é desconhecida (aos leigos), mas por ele penetramos no âmago do inconsciente, explicando (talvez) os insondáveis caminhos do emocional pelas mutações oníricas que experimentamos no torpor do sono.
        Estamos e somos. No campo imaterial os paradigmas que explicam nossa fisiologia são imaginados (ou vistos) na forma de evanescentes corpos sutís, poeiras de sentimentos recalcados (quando no limite) nas sombras de almas entristecidas por repúdios ou pela inadequação à ordem universal. A dimensão sensorial do ser humano e sua sincronização com o universo nos é revelada pelo sistema endócrino que ilumina os caminhos da clarividência e nos faz usufruir dos 5 sentidos: audição, paladar, olfato, visão, tato.
        Nos processos energéticos, as principais glândulas endócrinas - pineal, pituitária, tireóide, timo, baço, supra-renais e gônadas, estabelecem os movimentos ondulatórios do corpo humano: é a manifestação em carne e osso do micro-universo.
        Pois bem, aqui começa o desdobrar da famosa frase de ERICH FROMM: a sociedade industrial criou as cidades que criou a multidão que desfez o ser humano. Como andarilhos à procura de proteção, amor, aprovação, respeito e abundância, nos jogamos no turbilhão das demandas que chamamos de cotidiano, com significados tão variados que perdemos a dimensão das possibilidades. Emoções sofreadas no calor da luta alteram planos longamente construídos coibindo gestos e impulsos. Os múltiplos fatores que interagem em nosso mundinho, definem também riscos reais de pandemias, que são expurgos sociais profundos, que sacode e pode nos isolar do mundo frenético e possessivo. Que na verdade são defesas emocionais em um mundo que considera as emoções (a ciência oficial) um entrave para a manifestação da razão.
        Ao submetermos nossos impulsos aos critérios do mercado envolvente, suprimimos a função essencial que nosso livre arbítrio representa. De súbito, perdemos a noção de tudo no labirinto da multidão anônima e do supérfluo induzido. Acabamos por negociar sempre um pouquinho de prazer, e se não mostramos comportamento de resistência, porque não sabemos como, adiante, bem mais adiante, também não saberemos o porque.
        Analisando a postura ética das criaturas eu me pergunto: como mudar o conceito sobre como cuidar da saúde se o conceito de como obter riqueza monetária impregna nosso cérebro até o último neurônio. E deixa a todos frenéticos, desajustados, loucos para atingir o topo. Do poder e da sedução.
        De uma maneira ou de outra, as reflexões - que acalmam o corpo, e as ponderações - que pacificam a alma, acabam por ajustar impulsos negativos, dissolvendo tudo em stress. E, submetidos às mesmas eventualidades e bloqueados pelos mesmos limites, mergulhamos nas cefaléias, nos tumores (cada vez mais sólidos), nas úlceras, tonturas, no nervosismo exagerado, nas ambições além da conta (ou em sua falta absoluta), nas angústias que se transformam em depressões e no acúmulo de obrigações exaustivas.
        Quando cansamos o corpo além de sua capacidade de resistência, estamos exaurindo todo o sistema endócrino, que entra em atividade máxima na tentativa de recompor as funções do organismo. Um exemplo: quando a secreção da medula das supra-renais é reduzida por excesso de trabalho, somos acometidas(os) de desânimo, depressão profunda, falta de vontade de viver, perda de apetite, indecisão, angústia e medo.Ou seja, entramos no estágio denominado vulgarmente de stress.
        As causas sempre estarão relacionadas com o ritmo vertiginoso da vida atual. E, dentro desse cosmo de intrigas fisiológicas, existem causas que preponderam:
        LADRÃO DE ENERGIA 1: acúcar(mesmo o mascavo), café, alimentos industrializados, refrigerantes, álcool, frituras, excesso de comida, proteínas de mais ou de menos.
        LADRÃO DE ENERGIA2: remédios para pressão alta, pílulas para dormir, xaropes contra tosse, remédios contra resfriados e à base de hormônios.
        LADRÃO DE ENERGIA3: excesso de trabalho, de preocupações, de sentimentos intensos tipo raiva, ressentimentos, medo e angústia.
        O QUE FAZER: oxigene as células praticando exercícios respiratório pela manhã; beba água moderadamente (nada de 3 litros, pode lesar os rins por excesso); aprecie as coisas que a vida lhe apresenta com gosto, calma, entusiasmo; durma bem, o corpo tem a capacidade de se curar durante o sono; não desperdice energia com emoções negativas; procure não manter uma atitude de suficiência, peça ajuda, seja humilde na medida certa. E procure entender a linguagem do corpo. Não ser omissa(o) com suas necessidades básicas é um ótimo começo: comer o certo na medida certa; realize suas atividades na medida do possível; exercice-te com moderação e, finalmente, ame sem dar vexame(ou de).
        ALIMENTOS QUE MAIS RESGATAM O CORPO DO STRESS: leite de gergelim, leite de aveia. leite de arroz integral, frutas doces(mamão, banana, melão, melancvia, caquí, laranja lima, lima), arroz integral, raiz de bardana, inhaminho, cenoura, beterraba, ameixa preta seca, uva passa, umeboshi, missô, nabo comprido ou redondo, lentilha, feijão verde, todas as folhas verdes.
        MELHORES CHÁS: camomila, urtiga, agoniada, erva cidreira, aetemísia, dente de leão, capim santo, erva doce.
        OBS: os chás não devem ser tomados mais que 10 dias. E para cada xícara de água a medida certa é uma colherinha de chá do chá. E beba cada um por vez, todos juntos voce estará se matando. Uma orientação mais precisa é melhor.
        Qualquer pergunta é só entrar em contato comigo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Hormônios, Receita e o Cálcio

         Observem bem, as receitas foram elaboradas para o deguste e a delícia do gênero humano, já que paladar é a capacidade de perceber diferentes sabores, saborear texturas e temperos, julgar ou apreciar a delicadeza e a qualidade de cada prato posto à sua (nossa) contemplação com deglutição carregada de prazer.
        O estalar dos sabores nos diz muito de nossa saúde. Quando cada refeição representa intensa satisfação, é o sussurro do corpo que, num murmúrio nos diz: o dinamismo de nossa estrutura física está bem azeitada e que nosso roteiro biológico obedece a uma lógica simples - todos os sistemas recebem suas cotas do prazer cotidiano: os nutrientes básicos intactos.
        A mulher, em particular, para não sentir desconfortos nas etapas que compõe esse roteiro biológico, deve prestar atenção não só na alimentação ingerida, mas também nos apelos que a fazem consumir supérfluos com nomes e indicações em que o discurso científico mascara a opressão mercantilista. Muito cuidado com as necessidades induzidas.
 PRESTE ATENÇÃO:
        
         Duas receitas para tonificar seus ossos e músculos (portanto os rins). Eles estão repletos de cálcio e outros nutrientes.       

        OBS 1:99% do cálcio está presente nos tecidos duros- ossos e dentes, e 1% se encontra no sangue, fluídos celulares e nas células dos tecidos moles.

        OBS 2: A necessidade máxima de cálcio acontece na gestação. Para um desenvolvimento fetal perfeito. E no período de pico de crescimento, entre 12 e 15 anos.

         OBS 3: Ansiedade, depressão, diarréia constante, cãibras, eczemas, artrite reumatóide, dormência nos braços e nas pernas, hipertensão arterial, insônia, nervosismo, taquicardia, cáries dentárias e baixos níveis de estrogênio. Essas disfunções desnudam a alma da má nutrição, comum no mundo das refeições relâmpagos.

        OBS 2: Os medicamentos à base de cortisona, e a aspirina diminuem os níveis de cálcio no organismo: stress, insuficiência renal, crônica, excesso de exercícios e excesso de comida, também prejudicam a assimilação do cálcio.

        FONTES: Acelga, agrião. ameixa seca, aspargo, alface, algas marinhas, abacate, abacaxi, avelã, aveia, brócolis, couve-flor, cebola, broto de alfafa, banana, couve, feijão comum, feijão verde, figo, coco, quiabo, gergelim, lentilha, levedo de cerveja, limão, nozes, soja em grão, sardinha, salmão, ovo, repolho, leite e derivados.
        
VAMOS NOS DELICIAR?
Salada preciosa (4 pessoas)

Ingredientes:

  • feijão verde: 2 xícaras grande
  • coco seco ralado: 1 xícara de chá
  • cenoura: 1 média e ralada
  • acelga: 4 a 6 folhas picadas

Modo de fazer

Cozinhe o feijão verde com pouca água e 1 folha de louro, rale e pique os outros ingredientes e misture tudo. Só rale e pique as verduras e legumes do almoço na hora que for comer.
Acrescente o molho.
       
Arroz integral com couve-flor (4 pessoas)

Ingredientes:

  • arroz integral: 6 punhados
  • couve-flor: 1 média, bem nova
  • cheiro-verde: 1/2 xícara picado
  • orégano: 1 pitada
  • curry: 1 colheriha de chá
  • cebola: 1 pequena, em fatias finas
  • sal marinho: à gosto
  • manteiga: 1 colherinha (não é margarina)

Modo de fazer

Preparar um arroz bem soltinho, somente com água e um pouco de sal. Fica melhor torrado. Desmembre a couve-flor, lave bem e leve ao fogo baixo com todos os ingredientes, exceto a manteiga, misturando bem. Pingue um pouquinho de água, até amaciar. A couve-flor não pode ficar muito cozida, só macia.Quando estiver pronta, acrescente a manteiga e misture ao arroz integral.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A mulher e sua função supra renal

        A tolerância às demandas que o cotidiano impõe varia, mas a visão arcaica dos papéis sociais sobrecarrega o organismo feminino em sua gênese emocional-física-sexual. A mulher é um ser humano ultra-especializado, capaz de gestar por nove meses, alimentar com recursos próprios uma criança. Mesmo interagindo num mundo construído e planificado sob a ótica cartesiana, sequencial, que aparentemente se repete sem falhas, a humanidade feminina congrega em si uma construção emocional que se irradia e espalha a noção de identidade humana.
        A natureza, de forma decisiva, marca, com acontecimentos organicos e psicológicos, seu caminho no mundo: a menarca, a gravidez, o parto, o aleitamento, a menopausa, ou seja, um organismo que gera corpos, idéias e emoções.
       Mas, esse corpo, sexualizado pelo patriarcado, sofre disfunções severas na medida exata do desenvolvimento econômico-industrial. Nesse contexto, as mudanças na forma de produção de alimentos e bens de consumo, transformou o corpo humano, em geral, em um mosaico de doenças. E o organismo da mulher, como provedora da vida, condicionou  a humanidade a um sofrimento infinito, principalmente os desequilíbrios psíquicos.
        Energia gasta e não reposta, desagua em oscilações hormonais que revelam as razões: ingestão de pílulas contraceptivas, dietas que não atendem às necessidades do corpo, consumo àlcool/cigarros/remédios, excesso de trabalho e pouca ou nenhuma recíproca emocional.
        Se a mulher vivencia cansaços constantes e oscilações de saúde, ela provavelmente iniciará a menopausa num estado de exaustão supra-renal.
        Bem antes do corpo entrar na fase de declínio hormonal, os sintomas incomodam e podem ser uma combinação bombástica ou apenas sinais, apelos mudos (ou eloquentes, conforme o referencial emocional) para transformações no estilo de viver e de olhar para si mesma. São eles: dores de cabeça, calores, inchaços, redução da libido, depressão, oscilações de humor, distúrbios do sono, prisão de ventre e vertigens.
        Como duas glândulas do tamanho de um polegar podem ter tanto poder? É a natureza perfeita. E ponha poder nisso.
         Elas ficam em cima de cada rim e segregam 3 hormônios essenciais para nosso bem estar nos diversos períodos da vida. Estresse constante, doenças crônicas, é um inequívoco sinal de que você está abusando de suas supra-renais.
         Epinefrina é o hormônio foge ou lute. Alguma ameaça - real ou imaginária, faz seu coração acelerar, o sangue correr para o coração e para os grandes grupos musculares, a tolerância à dor aumenta, seu cérebro fica muito mais atento, suas pupilas enxergam bem longe, seu organismo se prepara para a defesa.
         Imagine você usando esse poder continuamente para debelar estresses, desafios cotidianos, emoções no auge, cuidados inadiáveis com filhos, família, vida profissional, trânsito, enfim, uma realidade opressiva.
          Como diz uma ginecologista: pense nesses surtos de epinefrina como saques no banco, que a ajudam a lidar com os momentos difíceis da vida. Se você retira epinefrina de sua conta com muita frequência, ela acaba devedora. E aí o bicho pega quando suas glândulas ficarem esgotadas em um momento de muita precisão.
         Cortisol: níveis estáveis desse hormônio mantém seu sistema imunológico funcionando bem. Reações alérgicas e inflamatórias negativas são péssimo sinal de esvaziamento do cortisol.
         Baixa energia, infecções reincidentes, estresses que derrubam, intolerância ao calor e ao frio, depressões profundas mostram sua exaustão.
        Deidroepiandrosterona ou simplesmente DHEA, é um androgênio produzido pelos ovários e pelas supra-renais. Tanto nas mulheres como nos homens ele protege a densidade óssea, ajuda a proteger o sistema cardiovascular, mantendo os níveis de colesterol LDL sob controle.
         Se sua energia está bem e o padrão de sono também, então os níveis do DHEA estão bons.
       A mulher também produz testosterona que representa o ímpeto do desejo sexual. Se houver uma redução da libido por causa dos níveis declinantes da testosterona, o que estará acontecendo na verdade é a queda dos níveis de DHEA, pois ele é o principal ingrediente com que o corpo produz testosterona.
       Cuidado, se cocê vive no "limite", vai vivenciar na própria carne a saúde e o bem estar físico e emocional chegar no limite da resistência.
        Se acorda pela manhã cansada, vive deprimida e extremamente tensa, é provável que esteja sofrendo de disfunção nas supra-renais, e adentrar a menopausa no estado de exaustão supra-renal é estar em desvantagem.
       Melhores alimentos na tonificação do organismo em geral e dos hormônios em particular são as proteínas, fibras e alimentos ricos em sais minerais e vitaminas.
        Prefira os alimentos que normalizam a insulina e os níveis sanguineos: frutas, cereais integrais, oleaginosas, leguminosas, verduras e legumes. Fuja dos carboidratos refinados com elevado índice glicêmico: arroz branco, pão e bolachas de farinha de trigo branca e outra farinhas refinadas -de mandioca, de milho, de arroz, etc.
         Na próxima vez escreverei receitas para "regar" o sistema hormonal, inclusive de alguns sucos com oleaginosa (o suco de semente de gergelim com hortelãzinha é muito bom)
         Até mais ver e um grande abraço!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Qualidade de vida depende de seus hormônios

       Sentir o corpo sadio, sem sofrimentos inúteis; a mente calma, vazia de sobressaltos que inquietam o coração. É possivel viver tão prazeirosamente a menopausa?

       Sendo a vida uma conqquista diária, aprender a desfrutar das possibilidades faz parte do sentido da percepção.

       Se não é fácil manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo como aconselha a música do Walter Franco, é possível encontrar maneiras de ser saudável nas diferentes etapas da vida, e o caminho, até há pouco tempo uma incógnita, já foi amplamente desvendado e se nos apresenta crivado de recursos. Descobrimos( que bom) que a natureza é farta, generosa, e que de seu baú podemos recolher os remédios que equilibram o mundo.

       Se a disfunção hormonal é parte ativa de sua realidade, gera sofrimentos, inviabiliza a vida social (e sexual) e a faz cair em depressão a cada mês, são os sinais que o corpo emite, pedidos de socorro na busca do equilíbrio verdadeiro, sem os entulhos que pioram a situação: óvulos, cremes vaginais, pílulas, ou seja, paliativos que o corpo não reconhece como seu igual, acabando por acumular e transformar em processos destrutivos, no espaço de um período que varia de um organismo para outro.

       A natureza nos deu 33 alimentos com estrógeno. Vocês vão ler uma receita bem equilibrante (e gostosa) para mulheres com problemas hormonais e mulheres na menopausa:

Milho verde
Tahine
Cenoura
Salsinha

      

         Como fazer: bata os caroços do milho verde  com dois copos de água (para 4 espigas de milho), e os seguintes temperos: tomate bem maduro e vermelho, 1 colher de sopa de cheiro verde ou salsinha, e uma pitada de óregano. Rale uma cenoura média e reserve. Leve o milho verde ao fogo baixo, mexendo sem parar. Quando  começar a engrossar  acrescente a cenoura ralada e uma colher de sopa de tahine. Espere mais 10 minutos, acrescente sal marinho e uma pitada de noz moscada , mexa bem , pingue umas gotas de azeite de oliva e desligue o fogo, Bom apetite e boa saúde.                     



terça-feira, 10 de agosto de 2010

O QUE É NUTRICORPOTERAPIA?

      Qual é a verdade que mais buscamos? Talvez seja aquela que afirma o bem mais simples da vida: saúde física e mental.

      A saúde integral, que dissolve-se nos vícios que construímos no cotidiano, acaba refletindo o grau de pressão que o organismo suporta, e a incapacidade de lidar com o equilíbrio vital. Como cada indivíduo é capacitado a explorar oportunidades e contradições que se lhes deparam continuamente, seu processo criativo, instinto de sobrevivência e repugnância ao sofrimento, fazem com que seu organismo absorva, aliviado, práticas bioenergéticas – variação de terapias e movimentos de ajuste sensorial, que agem nas perturbações energéticas.

     A nutricorpoterapia – ou conscientização corporal, conjunto de atividades integrativas, que revelam o corpo como entidade de processos múltiplos e totais é um programa de saúde na orientação curativa de distúrbios diversos, aplicado nas empresas, escolas, grupos de terceira idade, academias de cultivo físico, etc, como forma de enfrentar as chamadas doenças sociais: estresse, ansiedade, exaustão mental, dor de cabeça, inapetência, impotência sexual, ùlceras, gastrites, diabetes, hipertensão.

     A proposta é a implantação das condições necessárias à evolução de vivências, depuração física profunda, palestras sobre alimentação que cura e alimentação que adoece, fitoterapia, remédios bioenergéticos (a partir de ervas e raízes), massagens (shiatsu), relaxamento e exercícios.