sexta-feira, 11 de março de 2011

Os rins e seus problemas

       Os rins, grande depurador, monitora a química corporal sendo o mediador das pequenas e grandes interevenções que o organismo promove na manutenção da saúde hormonal, nervosa e digestiva, equilibrando ausências e excessos eliminando e/ou transformando o que o organismo absorve, quando necessário, muitas vezes urgente.
       Nossa energia primordial é a renal. Essa energia contém em sí nossos devaneios, nossas decepções e os fortes laços com nossa identidade intrínseca: a mãe.
       Os rins retiram 85% dos resíduos do sangue, governando assim a circulação sanguínea; monitora o sistema sexual equalizando os hormônios; sintetiza todo o cálcio que entra através da alimentação; é responsável pelo equilíbrio eletrolítico: sódio/potássio ( entrada e saída de líquidos nas células).
       Infelizmente, a desordem que constituem nosso cotidiano, penaliza excessivamente o equilíbrio orgânico fazendo com que 85% dos problemas deságuem (literalmente) nos rins.
       Ingerimos remédios demais e nutrientes de menos; tomamos ou muitos líquidos ou quase nada. Como ele governa os ossos  e músculos (captação de cálcio, lembra?), os resultados mais visíveis logo aparecem: artrose, artrite, bursite, osteoporose.
       Os sinais de exaustão do sistema renal evidencia questões bem mais profundas referentes à saúde como caminho de vida. Das maquinacões que nos vedam o acesso às reflexões e nos obrigam a agir por impulso, levadas pelo sofrimento. Não conhecemos nosso corpo e suas reais necessidades: comemos alimentos manipulados e ingerimos remédios formulados segundo às necessidades do mercado.
       Como já citado, os rins, juntamente com o coração e os vasos sanguíneos, são responsáveis pelo controle da circulação e por conseguinte, pela saúde de todo o sistema orgânico. Eis as enfermidades que mais afetam o sistema renal: nefrite aguda e crônica, uremia, calculose renal, uretrite, pielite, hematúria, enurese, nefrite, uremia, anúria e nictúria. Essas são as afecções mais conhecidas, mas todas se referem a cada parte dos rins, ou seja, mostram a destruição paulatina do sistema que filtra, purifica e mantém estável o PH do organismo todo.
       Cada afecção necessita de atenção especial, nutrientes e trato bioenergético específico. Mais adiante posso discorrer sobre cada um deles. No momento vou enumerar algumas ervas depuradoras e alguns alimentos que, além de nutrir, ajudam na depuração: cavalinha, camomila, alecrim, artemísia, sálvia, cabelo de milho.
       Melhores alimentos: maçã, arroz integral, grãos brotados, cereais integrais, frutas frescas (menos frutas ácidas), água não gelada, oleaginosas cruas, verduras, legumes e raízes. Também não pode ingerir comidas requentadas.
       Em próximas postagens colocarei receitas e terapias mais específicas.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Como os problemas emocionais intervém em nossa saúde total

       O relaxar e o digerir, o que ocorre diariamente no plano físico tem a ver, no plano espiritual, com a aceitação do que se vive.

       A colite pode relacionar-se com pais demasiadamente exigentes, com a própia auto exigencia, com o medo da opressão e da derrota ou com uma grande necessidade de afeto.

       Os problemas no cólon significam o acúmulo de pensamentos confusos do passado que obstruem o canal de eliminação. A prisão de ventre representa a resistência a renunciar a velhas idéias, o apego ao passado.

       Os problemas da bexiga correspondem à angústia e ao medo de se soltar.


       Os problemas emocionais quando não trabalhados de maneira equilibrada podem reduzir sua vítima (se mal trabalhada a pessoa torna-se vítima) a um estado letárgico grave. Procure ajuda na meditação, na boa alimentação, nos exercícios e na ervas medicinais que acalmam o físico e o mental.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mulher negra: saúde, afetividade e discriminação

       No rico imaginário brasileiro, a mulata faceira passa com graça. Na realidade, a lata d'água na cabeça fez a Maria ir muito pouco adiante. Tropeçou em todos os obstáculos que as circunstâncias colocaram em seu caminho. Nenhuma transformação social conseguiu arranhar a visão plurativa, cheia de contornos que envolve a mulher negra.

       As evoluções ocorridas por intervenções culturais estranhas, e os parâmetros econômicos impostos ao longo de nossa história, a transformaram em ser oculto, periférico, que não aparece por sua desimportância.
O desprezo, concebido na intolerância e gerado na certeza da inferioridade do outro, ao liberar sua ação, tal como a caixa de pandora, avilta e dificulta sua sobrevivência moral, física, emocional, condicionando seu psicológico

       A sociedade quando constrói imagens que ressaltam as diferenças, trabalham princípios de poder e hierarquias, grandes definidoras de lugares sociais. Neste contexto, a libido construída, a reduz a pura função sexual. Seu corpo e capacidade reprodutiva são invisíveis para si própria e sua descendência feminina.

       Só a ficção, com seu aparato fantástico e seu testemunho mudo, pode apreender a dimensão dos acontecimentos. O ciclo da escravidão, alimentou-se profundamente em suas entranhas, nada lhe sendo concedido ou levado em consideração. O nada incluso É o outro, sem rosto, sombra que se esgueira, pois tudo lhe é nefasto. Concebe do patrão e do escravo. As hierarquia e bonanças constroem-se e se consolidam às suas custas, à margem das satisfações que poderiam, quem sabe, fixá-la como um ser humano produtivo que, afinal, é. Das mezinhas que mantém a saúde, à cantiga de ninar, construiu o arquétipo da casa grande. De suas forças e talento, nasceu um Estado. Estranha e misteriosa,sua linguagem e costumes colaboraram na elaboração do corpo social, na integração dinâmica de experiências comuns – abordagem de ideias e emoções -, sempre como referência oculta.

       Último elo do processo, penúltimo era o escravo, homem,com maior poder de barganha, sofreu estupros sistemáticos, a tal miscigenação, a mulata faceira. As doenças e a falta de afetividade, não só lhe moldaram o caráter, como também lhe inocularam todas as pestes do mundo:má alimentação, e doenças física e mentais.

      A sociedade que ajudou a construir oferece-lhe lugar no quarto de empregada. A realidade que a oprime serve de teses e ela nunca é convidada para o coquetel. Mas... não quer, como o negativo, ser obscurecida por teorias cínicas. Não quer, como o arlequim, ser a boba da corte e sentir o menosprezo à sua sensibilidade. Não quer, como o pirilampo, destraçar-se em seu brilho, que existe, mas é fugaz.