quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Ter Saúde é a soma de vários fatôres

          Há poucos dias uma paciente perguntou-me qual chá ou fitoterápico acabaria com suas dores em todos os ossos do corpo. O que me espanta é a persistência da ideia do que é saúde: ao se ingerir um aditivo, seja químico ou saído da natureza, simples assim, o organismo reagiria como nos contos de fadas onde tudo se transforma em felicidade e mais felicidade... sem começo e, naturalmente, sem um fim. O condicionamento que reduz ao mínimo o pensar, analisar, errar, acertar, sentir e discutir possibilidades, traz o sofrimento sem a luz do fim do túnel. Perguntei, como resposta, por que seu olhar não olhava diferente, permitindo ao corpo reações também diferentes daquelas que limitavam sua vida ao sofrimento induzido.
           Na verdade ela é a amostra do mundo relativizado e acuado dentro de razões que não são nossas. Então tomamos um remédio que o fígado se esforça em transformar procurando uma razão para aquilo. Como não encontra - dentro da lógica das verdadeiras necessidades do corpo - alterações acontecem sobrando, como ponto final, trabalho árduo para os rins, que tem que lidar, entre outras obrigações (ou funções)  com a retirada dos resíduos. Falei na respiração, na movimentação, no alongamento que ajuda a retirar toxinas dos músculos e tonifica o fígado; recomendei a ingestão de poucos e escolhidos alimentos, aqueles que somem com a fome fortificando. Como comer é uma coisa e se alimentar é outra, orientei no sentido da degustação saudável e prazerosa. Infelizmente o costume de viver os vícios dos condicionamentos acabou prevalecendo, e eu desisti.
             Que pena!

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A saúde vem da nossa ancestralidade

          Vou contar uma história - trágica  - contada por um amigo muito querido, ainda escandalizado um bocado de tempo após o acontecido. O fato se deu em São Luis, Maranhão, cidade linda mas acossada por misérias - humana (muitas doenças), social (pobreza sem limite nem data de melhora). Estava em um bairro "bravo" da periferia aplicando uma pesquisa de mercado e resolveu, ao término dessa, voltar de ônibus economizando os trocados do táxi, pago pela empresa. Foi despertado do cochilo com um grito: oi gente, hoje é meu aniversário e todos vocês vão cantar parabéns e me dar presentes. Aterrorizados, os passageiros cantaram parabéns e, um a um, entregaram celulares, dinheiro, bijuterias, mochilas e até um tênis, um pouco mais caro que outros. Quando ele e o comparsa já saiam com o butim, partiu um tiro do fundo do coletivo que varou as costas do ladrão indo parar na cabeça da cobradora. Imagino a confusão - gritos, desmaios, desesperos sem fim. O acontecido, realmente muito trágico, me remeteu ao passado colonial, fonte de outros trágicos futuros, construídos com matéria prima humana - sangue, pele, ossos, cérebro e, infelizmente, o futuro de milhares de seres aterrorizados e massacrados no dia-a-dia dos grotões perdidos na imensidão das terras ocupadas. Os bebes negros não podiam ser alimentados pelas mães, o leite era para os filhos da patroa, mas mesmo quando não havia as crianças da senhora, a escrava não podia alimentar os filhos. Esses comiam o que os outros escravos lhes davam de passagem. Paravam de chorar, no canto onde estavam, quando dormiam. Então, a saúde mental do povo brasileiro deriva diretamente desse passado escabroso, tornando-se vítima preferencial dos estímulos medicamentosos, desestimulando o uso dos remédios secularmente utilizados, inclusive na época do processo escravista, que são as ervas, a argila, a água, com as pomadas caseiras, os fomentos das ervas etc.
             O povo, construído emocionalmente com a matéria da dor e do desespero, é esse que perambula pelos caminhos, sem chances e conduzidos ainda pela chibata, mais modernizada, atualizada. Mudar está difícil, a própria senzala, condicionada pelas religiões monoteístas, ou seja, o capitalismo com sua acumulação do capital, transformou-se em mercadoria dócil e manejável, perdendo seu ethos, a identidade que seria seu sustento cultural e emocional.
            Qual a solução? Estamos procurando.                                             

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Como vamos viver assim?

          Como podemos viver com tantos venenos infestando nossa cabeça e intestinos? Eles se espalham pelas vísceras, tecidos, células, deixando rastros difíceis de eliminar. Como doenças não existem e sim corpos doentes, tratados com a brutalidades de aditivos químicos conhecidos como remédios, o que será que nos resta? As informações são baralhadas, alteradas para informar exatamente o que a acumulação de lucros necessita e, via meios de comunicação, somos, como mercadorias vivas e ativas, levados a consumir tantos "bagulhos", que nosso organismo acaba por ser jogado na vala social medicamentosa.
          Mas como a natureza ainda não perdeu seu poder, vou listar aqui vários elementos integrais muito conhecidos mas de uso mal informado:
          ALHO = potente antiinflamatório, bactericida, antibiótico, útil com remédio e que deve ser usado com cautela na cozinha, exatamente pelo seu alto valor medicinal;
          CEBOLA -  maravilhosa no desmanche de tumores, na eliminação de parasitas intestinais, na tonificação do coração, no tratamento de diabetes, pressão alta, circulação sanguínea e outros usos, como já disse, maravilhosos. Só que, como o alho, devido a seu poder medicamentoso, deve ser pouco usada na culinária.
          LIMÃO - fonte inesgotável de saúde, verdadeira panacéia da humanidade, conhecido como o elixir da saúde total, é "pau prá toda obra", fortificando, limpando, desinflamando, desentupindo artérias, elevando o poder do oxigênio, deliciando paladares com seu exótico sabor. Então, vejam receitas com essa 3 correntes da felicidade:  
          ALHO: corte em fatias finas, misture com um pedacinho de gengibre picado mais umas quatro folhinhas de salsinha amassada; deixe em infusão em uma xícara de mel puro, verdadeiro por 7 dias. Ótimo remédio para câncer em geral, principalmente de seio e de útero, limpa profundamente os intestinos, tonifica o sistema renal e nervoso etc. Ingerir uma colherinha de chá por dia, 30 minutos antes do almoço, de 15 a 20 dias;
          CEBOLA: para problemas cardíacos: bata uma cebola bem pequena no liquidificador com uma colher de sopa de água + uma colher de sopa de mel + umas 3 folhinhas de hortelãzinha miúda; bata tudo  e tome antes do almoço e a tarde, entre 15 e 17h, até acabar. Repita 2 ou 3 vezes no mês.
          LIMÃO: deve ser ingerido com cautela. Pela manhã, o suco de meio limão pequeno misturado na água morna, tonifica o fígado e ajuda na eliminação das toxinas, auxiliando assim o trabalho do intestino grosso; o suco de meio limão misturado com uma colherinha de mel puro + um copo de água na temperatura ambiente, é um potente remédio para o coração se ingerido no auge do metabolismo, ou seja, as 11h da manhã.
         De agora em diante, todas as semanas eu postarei o que os verdadeiros remédios - ervas medicinais, alimentos, água, argila, sol e ar, fazem pelo corpo humano, corpo vivo (também dos animais).
         BOM DIA!!
       

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O QUE ESTAMOS FAZENDO COM NOSSO MUNDO

          Pessoas que se enganam tentando uma felicidade de mentirinha tornou-se a postura comum a guiar atos e pensamentos, tal como um livro de boas (ou más) maneiras, tiques, olhares, suspiros, ou qualquer outra ideia que nos ocorra e corrija a trajetória traçada. Não conseguimos ir a fundo em nada porque acostumamos com a superficialidade das questões que nos fazem viver, com suas conjeturas, explicações, bases filosóficas - que lhes emprestem créditos -, e alçamos vôos rasos repletos de fumaça e visões soturnas. Afinal, de sua sortida mesa fazem parte a margarina, açúcar, refrigerantes, pães com atrativos vazios de utilidades e de gosto, embora os achem deliciosos. Isto é o começo da saga anunciada à boca grande pelas sempre vozes da razão, mal escutadas, lidas ou lembradas.
          Em um mundo onde o que mais aparece é o arco-íris, mesmo com tufões, fica difícil ligar mazelas - sofrimentos dolorosos - ao estilo da vida com muitos lixos - comidas, meios de informações, roupas, conversas. A zica, as depressões, as síndromes de pânico, as diabetes etc, fazem de nós um monte de vidas sem rumos,  mas os caminhos não estão mudando, cremos sinceramente nos vírus com vilões de todas as estórias.
            Como transformar?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O eterno retorno

          O eterno retorno significa mesmo o que?  O retorno de nossas mazelas ou das felicidades, ambas experenciadas neste espaço que o tempo diz que encerrou? A resposta é a contemplação, o silêncio, o fazer das coisas que temos pela frente, o saber lidar com tudo que interage dentro de nós construindo as tristeza que é o passo para a compreensão que antecede o sorrir que faz a fluição dos momentos que devem (podem) ser sentidos/transformados/iniciados no eterno retorno. Começo o ano voltando ao espaço que alimenta meu coração. Vida, paz e saúde para os mundos. Esse ano está sendo escrito para continuar sendo.
          Beijos para todas(os) que me seguem!!