segunda-feira, 23 de março de 2015

A comida, suas estórias, a saúde ou disfunções que dela derivam.

          Sabe a liberdade que você tem mas não sabe usufruir? Mas, será que é liberdade aquilo que não sabemos viver? A grande verdade que vivemos e usufruímos escora-se nas experiências fortemente testadas pelo tempo que existem no planeta terra, a que acrescentamos pitadas de sabor, imaginação, necessidades variadas, (que são as acomodações aos ventavais da vida), e mais os que momentos, situações e urgências exigirem.
          Casos emblemáticos, mostruários da coragem que nós humanos desenvolvemos para sobreviver, ubiquidade necessária, falam do manuseio do alimento e do talento que o tornam o maná que tonteia e desperta a sedução, a gula, o prazer sob o sol a lua ou as estrelas, que acaricia e envaidece nosso morno olhar para horizontes que se fecham e se abrem ao som do estalar de sabores, o macio das texturas, o tilindar da felicidade que invade e enche de saúde cada fibra de nós que se ilumina com tais regalos. Ou  na solidão de tempos tempestuosos, onde pequenez de conduta e olhos cobiçosos, ou mesmo as volúveis estações, que perpassam a terra com seus furores, contaminando os dias com doenças e fome
          E nós, mortais e nulos na força que imaginamos possuir, ativamos as potências sombrias criando simulacros das obras do Universo, e nos acomodamos à insipidez dos falsos valores gustativos com os aditivos formulados pelos deuses caídos (que bom que não foram as deusas). Mas, essa é a hora: como é saúde que interessa, por que não mudamos posturas que deveriam ter ficado para trás, não permitindo tanto desconchavos que quase invalidam nosso impulso para o gostoso, o bom e útil, o mal que passa rápido ou, simplesmente, não pulamos as barrancas que impedem os caminhos.
          As respostas são solitárias, nós com nós.

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